19.5.16

Comemoração dos 60 anos do Romi-Isetta - Tivolli Shopping

Para comemorar os 60 anos do Romi-Isetta que eu acho super fofo e charmosinho esses lindos carros ou carinhosamente "carrinhos" que fizeram história, o Tivoli Shopping esta promovendo uma exposição para lá de especial com a trajetória do primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil. A mostra, em parceria com a Fundação Romi, fica aberta para visitação até 05 de junho, na entrada A do centro de compras, em Santa Bárbara D' Oeste. A entrada é gratuita.

A exposição terá dois exemplares originais do veículo, um chassi com motor, um toten para fotografias e painéis expositivos com fotos e textos históricos do veículo. Fabricado entre os anos de 1956 e 1961, pela Indústrias Romi, de Santa Bárbara d´Oeste, o Romi-Isetta marcou época pelas suas características inovadoras, além de ser compacto e supereconômico. Para se ter uma ideia, o pequeno notável fazia 25 quilômetros com um litro de gasolina. Pela primeira vez, via-se circular pelas ruas um carro que não era montado com componentes importados, mas sim, um automóvel realmente fabricado no Brasil.


A exposição no Tivoli Shopping marca o início oficial das comemorações dos 60 anos do veículo. “Esse é um momento importante pelo que o Romi-Isetta representa para todos nós, não apenas para Santa Bárbara d´Oeste, mas para o Brasil. O Romi-Isetta é o ícone que marca o início da indústria automobilística brasileira”, afirma o superintendente da Fundação Romi, Vainer Penatti.

“Até hoje, o Romi-Isetta é motivo de orgulho e saudade entre os amantes e colecionadores de carros, por isso é uma satisfação enorme receber essa exposição comemorativa e prestigiar um carro tão inovador fabricado em nossa cidade”, diz a coordenadora de marketing do Tivoli Shopping, Sarita Nicoleti.

História
Carlos Chiti, idealizador do projeto Romi-Isetta ao lado de Américo Emílio Romi, conheceu na Itália um carro que chamava a atenção de público e da imprensa mundial, o Iso Isetta, e percebeu que aquele conceito inteligente poderia representar uma revolução no mercado brasileiro de automóveis, pois finalmente inauguraria a era da indústria brasileira de automóveis, com carros genuinamente fabricados no país.
Até aquele momento, os automóveis vendidos no Brasil eram importados já prontos ou apenas montados nas operações das multinacionais, num sistema chamado CKD (Complete Knock-Down), ou seja, carros completamente desmontados, cujas peças eram produzidas fora do país e enviadas para serem montadas pelas multinacionais.
“Na verdade, nossa intenção era maior, era convencer a Iso a se associar a nós, investir conosco, montar aqui uma empresa capaz de produzir 50 mil carros por ano. Só que a Iso não tinha recursos: no pós-guerra, as companhias italianas estavam mal de caixa e não podiam investir fora do país, preocupadas em colocar ordem na casa, desarranjada com a guerra. Mas acreditávamos no mercado, no potencial, na marca, e em fabricarmos o primeiro carro brasileiro.” – revelou Carlos Chiti, naquela época.


No dia 30 de junho de 1956, um ano após a assinatura do contrato de direito de licença e aos royalties com a Iso, Emílio Romi, os filhos Giordano, Alvares, Romeu e, Carlos Chiti, vivenciaram o momento histórico: o primeiro exemplar do Romi-Isetta foi, enfim, exibido ao país através de uma transmissão ao vivo pela TV. As câmeras mostraram o carro número um circulando pelo pavilhão da Indústrias Romi, revelando a realidade que já era a indústria brasileira de automóveis. Entretanto, o lançamento oficial do Romi-Isetta ocorreu em dia 5 de setembro de 1956, com a realização de um marco: uma caravana com os primeiros 16 carros produzidos no Brasil, partiram da Rua Marquês de Itu, 133, no centro de São Paulo e passearam pela cidade.
O Romi-Isetta teve uma vida social intensa. Por suas características únicas, despertou o interesse de uma classe particularmente sensível ao novo e à moda: os artistas. O Brasil vivia o apogeu do cinema nacional, a idade de ouro da televisão, e o rádio vivia uma grande fase. Os artistas desses meios detinham grande popularidade, e eram importantes formadores de opinião. E muitos deles se tornaram proprietários de Romi-Isetta.
Suas notáveis características de estabilidade e comportamento levaram o Romi-Isetta às competições esportivas. Em 1954, a Iso inscreveu dois exemplares para participar da conhecida e dura prova italiana chamada Mille Miglia, que atravessava as regiões montanhosas da Itália. A notável média alcançada, de 79 km/h – apenas 6 km/h inferior à velocidade máxima do carro – foi mais elevada que a média obtida pelo vencedor da primeira edição da prova.
Em 1960 novos produtos na efervescente indústria brasileira traziam concorrência e frescor ao crescente mercado consumidor de automóveis. O país já contava, além da Romi, com modelos fabricados pela Vemag, Volkswagen, Simca, Willys, Toyota e FNM, numa indústria que alcançava crescente volume de produção local. Assim, com as evidentes qualidades do Romi-Isetta, ainda atuais, seu ciclo natural de vida se aproximava do fim. Deste modo, o Romi-Isetta teria sua produção planejada para até o início de 1961, com a formação de estoques suficientes para comercialização do modelo até o fim daquele ano. No dia 13 de abril de 1961, o último Romi-Isetta – um exemplar branco e amarelo-limão – deixou a linha de montagem.
Carlos Chiti fez, em 2006, uma panorâmica radiografando a experiência com o Romi-Isetta: “Tínhamos razão quando quisemos entrar na produção de automóveis, pensando num carro de modestas proporções e reduzido consumo de comubustível. O que se vê hoje senão carros mais compactos e uma preocupação cada vez maior com a questão da gasolina, do petróleo, da busca de soluções alternativas? Cinquenta anos atrás, estávamos avançando no tempo.” O Romi-Isetta, afinal, entrava para a história brasileira como pioneiro de uma indústria que, em 1961, já havia redesenhado a paisagem brasileira.
Bacana não é?! Eu amo o setor automobilístico e tudo que envolve este universo, afinal trabalhei muitos anos no mercado financeiro sempre relacionado com o setor de automóveis, e que tal vamos conferir a exposição? Irá até dia 05 de Junho no Tivolli Shopping.

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